1. O PORQUÊ, E A HISTÓRIA DA MINHA CANDIDATURA.
Acredito muito sinceramente que na cabeça de algumas pessoas aqui presentes, e noutras que aqui não estão, mas que lidam comigo mais de perto, pairará certamente a pergunta.
Porque será que o Vicente, com esta idade, se vai meter numa coisa destas?
Pois é, têm muita razão em pensar assim, pois podem crer, que eu próprio, antes de tomar a decisão de me candidatar, fiz a mim mesmo essa pergunta, variadíssimas vezes.
Tens a vida organizada, estabilidade no emprego, estabilidade familiar, a poucos anos da reforma; Porque é que te vais meter numa situação, que nada tem de facilidades, e antes pelo contrário vai trazer-te de certeza alguns dissabores, constrangimentos e adversidades de vária ordem?
Podem crer que o assunto foi muito ponderado, não numa análise de custo/beneficio, como seria de esperar atendendo á minha formação académica, mas mais propriamente na análise da oportunidade que se me deparava para poder aceitar um desafio, que dentro de mim gerava um conflito interno, entre uma parte de mim dizia que queria aceitar o desafio, (pois entendo que temos que ser, nós, as pessoas do concelho, que devem dar a cara por ele e tentar contribuir para o seu desenvolvimento, sustentável), e a outra parte, mais ponderada, que analisava a situação de forma mais racional, equacionava todos os prós e os contras, desta decisão, e não era favorável ao meu desejo nem à minha vontade.
Como nem sempre a racionalidade vence, o desejo e a vontade, e muito menos o coração, senti-me impelido a corresponder aos vários apelos, que há já algum tempo me vinham sendo feitos, para aceitar este desafio. Talvez dos desafios mais importantes da minha vida.
Considerei a hipótese a sério, tendo por base alguns pressupostos, e condições, que considerava indispensáveis á minha tomada de decisão, sem no entanto fazer antes a consulta PRÉVIA, OBRIGATÓRIA E DECISIVA, ao agregado familiar directo, que mais iria ser afectado pela minha decisão.
Como devem calcular, dado que estou aqui hoje a apresentar a minha candidatura, as negociações familiares, apesar de não terem sido fáceis, tiveram um desfecho positivo. Caso contrário não estaria aqui.
O Porquê da Candidatura?
EU DIRIA QUE ESTA CANDIDATURA FOI MOTIVADA, PELA CONJUGAÇÃO DE UM CONJUNTO DE FACTORES, QUE DE CERTA FORMA É DIFÍCIL DE ENUMERAR;
MAS SE OS TIVESSE QUE ENUMERAR, OU JUSTIFICAR, ALGUMAS DAS RAZÕES QUE ME LEVARAM A APRESENTAR ESTA CANDIDATURA, DIVIDI-LAS-IA EM DUAS ORDEM DE GRANDEZA: Emocional e Racional
Razões de ordem EMOCIONAL.
- Pela vontade e pelo desejo pessoal, PELO CRER. (Muito importante)
- Pelo desafio;
- Pelos apelos e pela insistência de algumas pessoas;
- E até, por que não, pelo espírito de missão;
Razões de ordem mais RACIONAL
- POR SER ESTA A ALTURA CERTA, MAIS TARDE, PARA COMEÇAR, SERIA MAIS COMPLICADO, (56 ANOS);
- PORQUE ESTAVAM REUNIDAS AS CONDIÇÕES QUE PRECONIZAVA E CONSIDERAVA ESSENCIAIS
(Liberdade de actuação relativamente ao partido, e a conjuntura, ser aparentemente favorável);
- FINALMENTE, POR PESSOALMENTE ENTENDER QUE:
SE TODAS AS PESSOAS DO CONCELHO SE DESLIGAREM COMPLETAMENTE DOS PROBLEMAS LOCAIS, ENTREGANDO A SUA RESOLUÇÃO A TERCEIROS, DIRIA MESMO, NALGUNS CASOS, A ESTRANHOS, ESTAREMOS CADA VEZ MAIS A DEMITIRMOS COMPLETAMENTE DE UMA RESPONSABILIDADE, QUE NO FUNDO TAMBÉM É NOSSA, DE TODOS OS NATURAIS DO CONCELHO, QUE TÊM O DEVER, EU DIRIA MESMO A OBRIGAÇÃO DE CONTRIBUIR PARA O SEU DESENVOLVIMENTO.
(Alvito tem de CONTINUAR A SER connosco).
É esta história, obviamente que condensada, da minha chegada a esta candidatura, com o principal objectivo de dar o meu contributo pessoal para o concelho de que sou natural, o concelho de Alvito.
2. PORQUÊ O PARTIDO SOCIALISTA
1.º Porque sou socialista;
2.º Por uma questão de coerência pessoal, de atitude e comportamento, que me caracterizam, e da qual não abdico;
3.º Porque são as pessoas que fazem os partidos e não o inverso.
Sou militante socialista, há cerca de 14 anos, e é nessa condição que entendo que me devo candidatar, sem complexos, e com frontalidade.
Não devo e “NÃO QUERO” renegar a essa condição.
Sou o que sou, como sou, e continuarei a ser a mesma pessoa, independentemente do Partido a que pertença. Será a minha atitude e o meu comportamento durante a campanha, que será sufragado pelo eleitorado, e não, o partido a que pertenço.
As pessoas estão em primeiro lugar (é o slogan da nossa campanha).
Volto a referir que são as pessoas que fazem os partidos
Entre outras coisas, este n/slogan, significa que os interesses das pessoas e do concelho estarão sempre salvaguardados e acima dos eventuais interesses partidários.
Isso, meus amigos, posso-vos assegurar e garantir. É talvez das poucas promessas que vos posso fazer, sem correr o risco de não cumprir, porque depende só, e apenas, da minha pessoa.
Pretendemos que esta candidatura seja o mais abrangente possível, no sentido de ir muito para além do partido que a “promove” isto é, seja Supra Partidária; (Pretendemos alcançar uma faixa significativa do eleitorado, que vota de acordo com as suas convicções do momento, tendo em conta os candidatos e os programas, e não os partidos que os promovem.
Foi uma condição “sine qua non”, que esteve na base da minha decisão de candidatura, o facto de não poder existir qualquer interferência/ingerência, do partido pelo qual concorro, na candidatura e na constituição das listas, à Câmara e Assembleia Municipal.
Assumo aqui perante vós, que será EXCLUSIVAMENTE, da responsabilidade do candidato, em conjunto com a equipa com que irá trabalhar esta candidatura, a escolha das pessoas, que pretendemos que sejam as certas, para os lugares certos.
Os partidos fazem falta á democracia, direi mesmo que foi uma das grandes conquistas da n/democracia, a possibilidade de nos podermos organizar em partidos. Mas atenção, a democracia não termina nos partidos.
Além de que os partidos são constituídos por pessoas e como nós referimos no nosso slogan “AS PESSOAS ESTÃO …/…”
A população do n/ concelho sabe bem do que estou a falar! Pois tivemos uma experiência recente que demonstrou inequivocamente o que acabo de dizer.
Quer queiramos quer não, as eleições autárquicas são muito focalizadas na pessoa dos candidatos, esfumando-se, quase por completo o símbolo/imagem do partido, que promove o candidato. Tanto maior será esse distanciamento, quanto menor for a população, como é o nosso caso, em que as pessoas quase todas se conhecem umas ás outras.
Não sei se o que vou dizer é politicamente correcto, se não for, paciência, é o que eu sinto, tenho que o dizer.
Pessoalmente, tendo em conta a situação conjuntural desta eleição, que como digo, e repito, vai ser muito personalizada (baseada essencialmente nas pessoas). Prefiro que as pessoas votem em nós, em mim, por aquilo que somos e não, apenas, pelo partido pelo qual nos candidatamos.
3. PRÓXIMOS PASSOS
A partir da apresentação que está hoje aqui a decorrer, como formalização da minha candidatura à Câmara Municipal de Alvito, como Cabeça de Lista, passaremos de seguida, a iniciar contactos formais com todas as Entidades, instituições e associações do concelho.
Por um lado, para apresentarmos cumprimentos e apresentarmos a n/ candidatura; por outro, auscultar as ORGANIZAÇÕES, sobre as suas preocupações, as suas aspirações relativamente ao concelho e quais são as suas expectativas, relativamente ao futuro executivo, que sairá das eleições.
Esperamos a maior colaboração e cooperação de todas as organizações, que iremos contactar, no sentido de nos transmitirem o que sentem relativamente ao concelho em que estamos inseridos, e eventuais sugestões, relativamente ao trabalho a desenvolver no futuro, para melhorar a qualidade de vida da população, aos mais diversos níveis.
Consideramos esta iniciativa da máxima utilidade, pois só todos sabemos de tudo. Apesar de termos ideias e propostas sobre variadíssimos aspectos a desenvolver, pelo futuro executivo, queremos ficar com uma carteira de mais, ideias e sugestões, que depois de serem devidamente, analisadas e estudadas, serão atribuídas prioridades, escalonadas no tempo, e passarão a constituir uma importante base de trabalho.
Se nos for possível, e conseguirmos a anuência da população do concelho, pretendemos ainda desenvolver uma ou duas sessões publicas, com o mesmo objectivo, mas dirigidas á população em geral, de forma a que as pessoas se sintam envolvidas no desenvolvimento do seu concelho e tenham nessa área uma participação activa, no sentido de fazer as coisas acontecer.
As sessões podem ser temáticas, com um tema específico á escolha, ou abertas a todas e quaisquer ideias e sugestões… O que interessa é ouvir as pessoas, porque:
As pessoas estão em primeiro lugar. Para nós, as pessoas é que contam.
Destes contactos que pretendemos promover, depois de feita a respectiva triagem, as conclusões constarão naturalmente da nossa proposta de objectivos e realizações, no nosso programa eleitoral, a apresentar em devido tempo.
Após esta fase de contactos que chamaremos de definição, integração e sistematização de objectivos, esperamos já estar em condições de apresentarmos as listas, ou pelo menos os primeiros 3 lugares de cada lista à Câmara Municipal, Assembleia Municipal, e Assembleias de Freguesia. (Finais de Junho)
Para isso, contamos com o vosso envolvimento, e apoio empenhado, em todo este processo, porque esta vai ser uma candidatura, de pessoas, com as pessoas, e para as pessoas, porque AS PESSOAS ESTÃO EM PRIMEIRO LUGAR (para nós as pessoas é que contam).
Estamos receptivos a quaisquer tipos de colaboração. O que pretendemos efectivamente é o envolvimento das pessoas do concelho nesta candidatura, com ideias, opiniões, sugestões. Todos os contributos serão bem recebidos e serão analisados e registados.
4. A CAMPANHA PROPRIAMENTE DITA
Entendemos que existe um espaço que pode perfeitamente vir a ser preenchido, na s/ maioria, por esta candidatura.
Está nas mãos da equipa que estamos a constituir, a escolha das melhores soluções e das melhores pessoas que conseguirmos que nos apoiem, de forma a conseguir à população do concelho que esta é a melhor alternativa.
Para o efeito, será elaborado um programa, com base nas contribuições das pessoas, das instituições, e associações contactadas onde tentaremos, na medida do possível, dar resposta aos ensejos da população do concelho;
Esta, não será uma campanha contra ninguém, é uma proposta alternativa à outra candidatura que está no terreno, ou a outras que possam vir a surgir. As pessoas decidirão na altura própria, á boca da”URNA”, a sua opção.
É UMA CAMPANHA DE PESSOAS, PARA AS PESSOAS
O nosso PRINCIPAL “enfoque” será nas pessoas e no seu bem-estar social.
Pretendemos dar uma ainda maior importância á componente acção social, da Câmara, tendo em conta a conjuntura actual.
Somos de opinião que, enquanto a situação não estabilizar, internacional e nacionalmente, haverá que dar especial atenção a esta área, atribuindo ou complementando, na medida das n/ possibilidades, o apoio do Governo Central
Pretendemos efectivamente proporcional uma melhor qualidade de vida ás pessoas: Dando especial relevo: -à cultura; à educação; ao desporto; ao laser
(PORQUE AS PESSOAS ESTÃO EM PRIMEIRO LUGAR)
No entanto, para atingirmos estes desígnios, informamos EXPLICITAMENTE, para que conste, que na nossa campanha:
- Não haverá promessas, mas propostas de objectivos;
- Não haverá “compra de votos”, com base em promessas, para o futuro;
A nossa postura no futuro, será tentar ter a real consciência dos problemas e das situações criticas, e actuar de forma rápida e desburocratizada, de forma a resolver os problemas que venhamos a entender, mais prementes;
TEMOS NATURALMENTE OBJECTIVOS, EM VISTA (QUE NÃO SÃO PROMESSAS), nomeadamente:
- Na área da requalificação do Património Histórico; (Turismo)
- Na área da requalificação Urbana; (Para proporcionar melhores condições de vida as pessoas);
- Na área da electrificação e acessibilidade rural, desde que se venham a entender necessárias, no sentido se beneficiarem algumas zonas, que até aqui não foram consideradas prioritárias;
- etc.
(Estes pontos serão necessariamente mais objectivados e desenvolvidos no programa eleitoral no qual iremos apresentar ideias para projectos estruturantes, para o concelho)
NATURALMENTE QUE HAVERÁ SEMPRE PRIORIDADES – E será equacionada a real situação económica do concelho em cada momento, visando evitar uma gestão financeira sustentada.
Embora já exista muito trabalho feito, pelos anteriores executivos, há sempre novas necessidades que surgem, até porque não se pode pegar numa varinha de condão e realizar tudo o que pretendemos. O essencial é haver bom senso generalizado, ponderação e racionalidade de actuação, para se poder optimizar a eficácia dos investimentos. Cada um terá que ter a plena noção das duas competências e das suas responsabilidades, e proceder em conformidade.
Só vos poderemos prometer: TRABALHO; SERIEDADE; RIGOR; TRANSPARÊNCIA;
COMPETÊNCIA? (Veremos !!! o que o futuro nos reserva).
VAMOS VER SE TEMOS ENGENHO E ARTE PARA ESTE DESAFIO!
Pretendemos fazer uma campanha com elevação, respeitando os “adversários” em toda a linha.
ESPERAMOS RECIPROCIDADE DE ACTUAÇÃO POR PARTE DOS N/ADVERSÁRIOS.
Não entraremos na chicana politica nem nos deixaremos intimidar com comparações abusivas e despropositadas entre as eleições autárquicas, com as suas especificidades próprias, que todos conhecemos, algumas das quais já enunciei anteriormente; e as eleições legislativas, que estão num plano completamente diferente do debate político e dos objectivos em vista.
Para terminar deixo-vos esta ideia: (Na sociedade há 3 categorias/tipos, de pessoas:
Há pessoas que fazem acontecer as coisas; (Pró-activas / iniciativa)
Há pessoas que vêem acontecer as coisas; (Reactivos) - Reagem depois;
E há os outros que perguntam “O que é que aconteceu?” (Totalmente passivos) – (Deixa andar!)
NÓS QUEREMOS FAZER ACONTECER AS COISAS.
CONTAMOS COM O VOSSO APOIO E SE POSSÍVEL COM A VOSSA AJUDA, PARA O DESAFIO A QUE NOS PROPOMOS.
Obrigado a todos pela atenção dispensada.
A reunião que tivemos com a Direcção da Sociedade Filarmónica de Instrução e Recreio Vilanovense, decorreu de forma amistosa, com uma grande participação de todos os Directores, que nos receberam muito bem, tendo compreendido, sem sombra de duvidas, o motivo primeiro da n/ visita, que era a apresentação da candidatura e auscultar as principais preocupações da colectividade.
